Comentei em um dos posts anteriores que eu estava me sentindo de férias das tentativas para engravidar. Estou achando que a minha criatividade também saiu de férias. Nada que eu penso em escrever me agrada.
No entanto, chegou o dia dos
namorados. E mesmo diante da euforia da abertura da copa do mundo no Brasil, as
redes sociais ficaram repletas de fotos e declarações de casais apaixonados. Selecionei uma foto com o meu “namorado” e
pensei em colocar na legenda “o amor da minha vida”. Só que aí eu lembrei que
constantemente eu pergunto às minhas sobrinhas (a todas) “você sabe que
você é o amor da minha vida?”.
Enfim, troquei a legenda da foto e
fui dormir pensando no “amor da minha vida”.
Então eu me dei conta do óbvio: é
engraçado como o nosso coração comporta diversas categorias de amor e todos são
“o amor maior do mundo” dentro de sua
categoria. Não cabe “ponderação de amores”. Um nunca se sobressairá em
relação ao outro.
O nosso primeiro contato com o
amor é com o amor dos nossos pais. Seja dos nossos pais biológicos ou de alguém
que escolheu cuidar de nós, esse amor é perfeito, por mais imperfeito que os
pais sejam. É bem provável que seja essa a razão pela qual algumas pessoas são tão exigentes quando, mais
tarde, vão vivenciar o amor romântico. Deve ficar gravado na nossa memória essa forma sublime de amor. Quando é chegado o momento do “homem deixar o pai e a mãe, para se unir à sua mulher” a malinha sai carregada com expectativas exageradas.
Tem o amor que você dedica ao seu
companheiro, aquele que está ali ao seu lado diariamente, apoiando os seus projetos
mais loucos, compartilhando aflições e alegrias que só vocês dois conhecem. Superando
desafios e crises que - no final das contas - servem mesmo é para construir uma
amizade e companheirismo que tornam o amor entre vocês mais sólido e
resistente.
O amor de irmãos. Não, não
consigo imaginar minha vida sem essas criaturas. Quando criança, eles conseguem
fazer com que nossos sentimentos oscilem do amor ao ódio em questão de segundos,
mas, por favor, não mexam ou falem mal deles, porque certamente nós iremos defendê-los
com unhas e dentes.
São eles – os irmãos - que nos
proporcionam o amor de tia/tio. Já dediquei um post inteirinho só
para esse amor.
O amor aos filhos? Vou me abster de proferir qualquer comentário a respeito, pelo menos por hora.
Não esqueci o amor de amigos. Esse,
com tantas subespécies, é aquele amor que faz a vida ficar mais colorida.
Ah... e o amor aos nossos animais
de estimação? É impossível se sentir sozinho quando nos propomos a criar um
bichinho. Quando a gente
menos espera, já são membros da família. Desperta nossos instintos de cuidado e
proteção. Faz a gente se sentir a pessoa mais importante do mundo cada
vez que chegamos em casa. Quem tem um animal em casa sabe exatamente o que eu
estou falando. Quem não tem, apenas conseguem visualizar o trabalho que eles dão.
Para mim, todas as categorias de amor dão trabalho. Uns mais ou outros menos. Todos um dia vão nos decepcionar. Mas por todos eu continuarei a ter o maior amor do mundo.
Eu fui sincera quando pensei na legenda para a foto com o meu "namorado". Eu sou sincera quando falo o mesmo para as meninas. Cada um, dentro da sua categoria, é o amor da minha vida.
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