quinta-feira, 19 de junho de 2014

Vamos voltar a falar em bebês?



Nessa última semana houve dois acontecimentos marcantes, que me deixaram em uma alegria só: um, foi a notícia de que uma das minhas melhores amigas está grávida; a outra, foi o nascimento de mais uma sobrinha.

Desse jeito, não tinha como não ter inspiração para voltar a escrever, não acham? 

Sendo assim, vamos voltar a falar em bebês.

A atual caçulinha da família chegou fazendo suspense. Durante o segundo jogo do Brasil na copa do mundo, ela começou a dar sinais de que estava querendo vir se juntar à torcida aqui, do lado de fora da barriga da mamãe. Foi apenas o início de grandes expectativas.

Às 5h30 recebo uma mensagem do meu irmão dizendo que eles estão indo ao hospital.

A família toda passou o dia a espera. Fazíamos uma coisa aqui, outra ali, mas sempre de sobreaviso aguardando a ligação informando “nasceu”.

Na parte da tarde, atendendo ao pedido dos futuros papais, fui ao hospital com a irmã mais velha da nova caçulinha e como uma de suas primas. Nossa visita foi rapidíssima. Entre uma contração e outra dissemos um “olá”.

Chegou à noite e o suspense continuou. Eu estava certa de que não iríamos conhecer a nova integrante da família naquele dia. Como estava com dor de cabeça, tomei um banho e fui tentar dormir. Doce ilusão.

Quando estava muito bem deitada, recebo a mensagem pela qual havia esperado o dia inteiro (literalmente): sim, ela vai nascer hoje. Depois de mais de 24h em trabalho de parto, não há mais indicação para ficar esperando o parto natural. Minha cunhada sonhava com isso e foi em busca de realizar esse sonho até onde foi possível. Infelizmente, não deu.

Corro de volta para o hospital. Eles já estavam no centro cirúrgico. Uma “pequena” torcida aguardava ansiosamente do lado de fora.

Esse momento é similar ao da noiva entrando na igreja. Falta apenas ter um música clássica como a marcha nupcial tocando. É irrelevante se o casamento não é um mar de rosas sempre ou o quão difícil, em alguns momentos, a vida pode se tornar. É um momento emocionante e único.

Só que muda o protagonista. Todos ficam aguardando ansiosos a tão esperada cena: o pai (com cara de bobo) saindo da sala de parto trazendo no colo um pacotinho lindo: o mais novo membro da família.


E os titios, titias, vovós e amigos próximos declarando, silenciosamente, com o coração "Seja muito bem-vinda!"



domingo, 15 de junho de 2014

amor | s. m.




Comentei em um dos posts anteriores que eu estava me sentindo de férias das tentativas para engravidar. Estou achando que a minha criatividade também saiu de férias. Nada que eu penso em escrever me agrada.

No entanto, chegou o dia dos namorados. E mesmo diante da euforia da abertura da copa do mundo no Brasil, as redes sociais ficaram repletas de fotos e declarações de casais apaixonados.  Selecionei uma foto com o meu “namorado” e pensei em colocar na legenda “o amor da minha vida”. Só que aí eu lembrei que constantemente eu pergunto às minhas sobrinhas (a todas) “você sabe que você é o amor da minha vida?”. 

Enfim, troquei a legenda da foto e fui dormir pensando no “amor da minha vida”. 

Então eu me dei conta do óbvio: é engraçado como o nosso coração comporta diversas categorias de amor e todos são “o amor maior do mundo” dentro de sua categoria. Não cabe “ponderação de amores”. Um nunca se sobressairá em relação ao outro.

O nosso primeiro contato com o amor é com o amor dos nossos pais. Seja dos nossos pais biológicos ou de alguém que escolheu cuidar de nós, esse amor é perfeito, por mais imperfeito que os pais sejam. É bem provável que seja essa a razão pela qual algumas pessoas são tão exigentes quando, mais tarde, vão vivenciar o amor romântico. Deve ficar gravado na nossa memória essa forma sublime de amor. Quando é chegado o momento do “homem deixar o pai e a mãe, para se unir à sua mulher” a malinha sai carregada com expectativas  exageradas.

Tem o amor que você dedica ao seu companheiro, aquele que está ali ao seu lado diariamente, apoiando os seus projetos mais loucos, compartilhando aflições e alegrias que só vocês dois conhecem. Superando desafios e crises que - no final das contas - servem mesmo é para construir uma amizade e companheirismo que tornam o amor entre vocês mais sólido e resistente.

O amor de irmãos. Não, não consigo imaginar minha vida sem essas criaturas. Quando criança, eles conseguem fazer com que nossos sentimentos oscilem do amor ao ódio em questão de segundos, mas, por favor, não mexam ou falem mal deles, porque certamente nós iremos defendê-los com unhas e dentes.

São eles – os irmãos - que nos proporcionam o amor de tia/tio. Já dediquei um post inteirinho só para esse amor.
 
O amor aos filhos? Vou me abster de proferir qualquer comentário a respeito, pelo menos por hora.

Não esqueci o amor de amigos. Esse, com tantas subespécies, é aquele amor que faz a vida ficar mais colorida.

Ah... e o amor aos nossos animais de estimação? É impossível se sentir sozinho quando nos propomos a criar um bichinho.  Quando a gente menos espera, já são membros da família. Desperta nossos instintos de cuidado e proteção. Faz a gente se sentir a pessoa mais importante do mundo cada vez que chegamos em casa. Quem tem um animal em casa sabe exatamente o que eu estou falando. Quem não tem, apenas conseguem visualizar o trabalho que eles dão.

Para mim, todas as categorias de amor dão trabalho. Uns mais ou outros menos. Todos um dia vão nos decepcionar. Mas por todos eu continuarei a ter o maior amor do mundo.

Eu fui sincera quando pensei na legenda para a foto com o meu "namorado". Eu sou sincera quando falo o mesmo para as meninas. Cada um, dentro da sua categoria, é o amor da minha vida.