Para as futuras mamães, de um
modo geral, essa pergunta é irrelevante. A partir do momento em que ela recebe
o beta positivo, os seus sinceros desejos são apenas no sentido de que o seu bebê venha
com saúde. Todo o resto não tem importância.
Por outro lado... vovós, titios e
até os papais ficam conjecturando "será que é menino ou menina?" A mãe fica de
longe observando aquelas especulações e quando mesmo espera... é mordida pelo
bicho da curiosidade.
E se a mamãe ainda tiver o sobrenome “ansiedade” – como eu – fica contanto os
dias, literalmente, para descobrir o sexo do bebê.
Eu falei ainda porque cada vez mais acredito que a paciência é a primeira
virtude que a mulher que se torna mãe é obrigada a desenvolver.
No meu caso, como descobri a gestação muito cedo e tinha um histórico de uma gravidez que não evoluiu em razão do embrião ser
inviável, tive que repetir o beta algumas vezes para saber se o nível do
hormônio estava aumentando de forma
satisfatória e eu realmente poderia me considerar grávida. Foi uma semana que
pareceu uma eternidade.
Depois, veio a tal dor misteriosa
que tudo indicava que desapareceriam por volta da 12ª a 14ª semana de gestação,
quando o corpo lúteo não estivesse mais lá. Mais
espera. Mais paciência. Mais aprendizagem de dar tempo ao tempo.
Aí a gente fica aguardando
realizar o exame de translucência nucal, desobrir o sexo do bebê, o ultrassom morfológico
das 22 semanas, recebe o resultado com a conclusão de que há "presença de incisura proto-diastólica bilateral com sugestão para realizar doppler na 26ª semana de gestação", aprende a não pesquisar na internet o que isso significa, espera as 26ª, fica de repouso novamente e assim vai...
Definitivamente ansiedade e maternidade não
combinam. Nós somos “forçadas” a aprender a esperar desde muito cedo.
Voltando à descoberta do sexo do
nosso bebê. Lá Fomos nós – sempre vamos em comitiva às ultras, eu, o
marido e a minha mãe – para a ultrassonografia morfológica do primeiro trimestre, a translucência
nucal.
O médico mede, vê que está tudo
bem, todo mundo fica feliz e aí eles dois não se contêm e soltam a pergunta:
mas, e aí doutor, é possível dar um chute no sexo do bebê? O médico dá um risinho
e explica pacientemente que o órgão genital do bebê só será completamente
externalizado com 16 semanas. Que naquela
fase da gestação, 11 semanas e 6 dias, não passa de um palpite baseado na
inclinação do ângulo do tubérculo genital do feto.
Meninas possuem o ângulo do
tubérculo genital mais reto com a coluna, enquanto o dos rapazes têm uma
angulação de cerca de 30°.
OK. Mas e aí, como está o tal tubérculo
genital do nosso bebê??
Eis a resposta: o do seu bebê está mais para reto com a coluna e... e ele não completou a frase, porque a gente falou logo "é menina!". Ele bem sério falou, não, eu só estou dizendo que se fosse para dar um palpite, pela inclinação do tubérculo genital, seria uma
menina, mas se algum de vocês disserem que eu falei que é uma menina eu digo
que é mentira. É muito cedo para afirmar isso. Não saíam dizendo por aí que é
uma menina.
Definitivamente, minha mãe e meu
esposo “não ouviram” a parte do não saiam dizendo por aí que é uma menina. Ela falou para todo mundo que era quase
certeza que seriam avó de mais uma menina. Ele passou a se referir ao nosso
bebê como “ela”. Só conseguíamos ficar
pensando em nome de meninas.
Como estava muito no início da
gestação, o processo de desenvolver a paciência e aprender a esperar estava
muito no início também. Resultado: Fui fazer outro exame de ultrassom com 13
semanas e 6 dias, supostamente seria a translucência (eu não queria dizer a médica que já tinha um palpite), mas estávamos mesmo interessando em fazer o ultrasom com essa médica que, segundo informações, “nunca erra o sexo do bebê” e, inclusive,
tinha visto o sexo de duas das minhas sobrinhas super cedo.
No dia e hora marcada, lá está, de
prontidão, a comitiva de sempre. ASSIM que a médica colocou o ultrassom na minha
barriga ela fez a pergunta: querem saber o sexo do bebê?? Respondemos afirmativamente,
mas todos estávamos relaxados esperando a confirmação de que seria uma menina.
E ela responde: é um rapaz.
Eu suspeito que o nosso príncipe
pensou: eu tenho que mostrar logo quem sou, para ver se eles param de me chamar de
ela! Por isso, ele estava posicionado de tal forma que a médica não teve
dúvidas.
Nós demos um grito dentro da sala:
o quê???????? Eu levanto a cabeça para olhar melhor o monitor e ter a confirmação visual da informação recebida. Meu esposo perguntou não menos de 05 vezes se ela tinha certeza. Estávamos
com uma fisionomia de tamanho espanto que a médica ficou certa de que estava diante
de uma família de loucos, como se não
houvesse 50% de chances de isso acontecer.
Certamente essa foi um dos ultrassons mais emocionantes dessa gravidez. Eu não consigo descrever com palavras a euforia e a emoção daquele dia. Foi a descoberta do sexo do nosso bebê. Foi a surpresa. Foi saber da chegada do primeiro neto na família. Foi especial.
P.S.: Até hoje, um milhão de
ultrassons depois, a gente pergunta ao médico se ele tem certeza de que é um menino. E ele falta pouco responder “vocês
estão cegos?? Olha aqui o pinto do garoto.
Que lindo!! Ser mãe de príncipe é muito gostoso!! Que venha com saúde e cheio de vida!! Bjs
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